Santuário da Idade do Ferro, "talhado" num expressivo esporão xistoso de vertentes abruptas, com cerca de 12 metros de altura. O rochedo impõe-se altivo na Ribeira de Lucefecit, obrigando-a a contornar a sua dureza, produzindo um meandro a caminho do Guadiana. Na estrutura geológica foram talhados degraus, construídos muros e organizados pavimentos, elementos recorrentes em santuários pré-romanos, alguns dos quais romanizados, sendo comummente interpretados enquanto altares destinados a sacrifícios.
Presumivelmente, o "rochedo (con)sagrado" da Mina terá sido palco de cultos dedicados ao deus pré-romano Endovellicus. Em época romana, esta divindade indígena acaba por integrar o panteão dos deuses hispânicos, concorrendo em importância com o próprio Iupiter. Um dos indícios desta inversa aculturação encontra-se no cume do outeiro de São Miguel da Mota, a cerca de 3 km da Rocha da Mina, onde terá sido edificado um templo romano, em mármore branco, no qual os romanos (e os indígenas romanizados) cultuaram o deus local Endovélico, num verdadeiro fenómeno de "transladação" do culto de um santuário natural para um santuário construído.
Presumivelmente, o "rochedo (con)sagrado" da Mina terá sido palco de cultos dedicados ao deus pré-romano Endovellicus. Em época romana, esta divindade indígena acaba por integrar o panteão dos deuses hispânicos, concorrendo em importância com o próprio Iupiter. Um dos indícios desta inversa aculturação encontra-se no cume do outeiro de São Miguel da Mota, a cerca de 3 km da Rocha da Mina, onde terá sido edificado um templo romano, em mármore branco, no qual os romanos (e os indígenas romanizados) cultuaram o deus local Endovélico, num verdadeiro fenómeno de "transladação" do culto de um santuário natural para um santuário construído.
No período estival de 2011-2012, o arqueossítio foi alvo de escavações dirigidas pelo arqueólogo Rui Mataloto. Os trabalhos têm vindo a revelar uma área habitacional na plataforma inferior, junto do santuário, com cinco compartimentos estruturados entre si e delimitados, a nascente, pela presença de um afloramento rochoso e/ou de uma muralha. Na plataforma superior (no santuário propriamente dito) escavou-se os restos de estratigrafia existentes sobre a rocha e o interior do "poço". Os vestígios de ocupação remetem para cronologias da 1.ª e 2.ª Idade do Ferro e do Período Romano Republicano. O conjunto artefactual permitiu ainda atestar a absoluta contemporaneidade entre as ocupações documentadas em ambas as plataformas.
Recorde-se que em 1995 o sítio recebeu as primeiras sondagens arqueológicas dirigidas por Manuel Calado, intervenção que permitiu identificar a zona de carácter habitacional, complementar à área especificamente ritual do santuário.