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I Congresso Internacional Santuários...

Cultura, Arte, Romarias, Peregrinações, Paisagens 
e Pessoas

8 - 14 setembro 2014 | Alandroal | Portugal


Os SANTUÁRIOS como espaços de devoção em todos os tempos e em todas as culturas é o objecto de análise deste congresso, onde se desafiam todos aqueles que vivem e estudam os santuários: antropólogos, arqueólogos, arquitectos, artistas plásticos e performativos, biólogos, conservadores/restauradores, crentes, 
devotos e peregrinos, curadores, escritores, designers, 
filósofos, gastrónomos, geólogos, historiadores, 
historiadores de arte, médicos, musicólogos
músicos e musicólogos, psicólogos, 
sacerdotes, sociólogos 
e todos aqueles que entendam que o seu trabalho ou a sua devoção tem uma relação com um conceito amplo de santuários. 

Site Oficial

CIEBA: Centro de Investigação em Estudos de Belas-Artes
FBAUL: Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
congresso.santuarios@gmail.com

Museu Jorge Vieira - Casa das Artes | Beja



O Museu Jorge Vieira integra parte do espólio artístico que o escultor Jorge Vieira doou à Câmara Municipal de Beja em 1994. Instalado, desde Maio de1995, num edifício do centro histórico da cidade, o Museu alberga um importante conjunto de esculturas, maquetas e desenhos da autoria de Jorge Vieira, artista plástico que marcou o percurso da arte portuguesa ao longo do século XX.
Jorge Ricardo da Conceição Vieira nasceu em Lisboa, a 16 de Novembro de1922. Entre 1944 e 1953 frequentou a Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde começou por se matricular em arquitetura transitando depois para escultura. Foi aluno de Simões de Almeida e Leopoldo de Almeida e trabalhou nos ateliers de António Duarte, Francisco Franco e António Rocha. Participou em diversas tertúlias artísticas da época, juntamente com inúmeros vultos da cultura portuguesa, como Sena da Silva, Lagoa Henriques, Dias Coelho, João Abel Manta, entre outros. Em 1953 concorre ao Concurso Internacional de Escultura O Prisioneiro Político Desconhecido, promovido pelo Institute of Contemporary Arts, de Londres.
Entre mais de 2500 concorrentes, representando 54 países, foi o único português selecionado, expondo o seu trabalho, juntamente com os outros premiados, na Tate Gallery. Em 1954 instala-se em Londres para frequentar a Slade School of Fine Arts, trabalhando sob a orientação de Henry Moore, F. E. Mc’William e RegButler. Regressa a Portugal em 1956, onde retoma a sua atividade docente, participando, desde essa data, em inúmeras exposições coletivas e individuais, em Portugal e no estrangeiro, ganhando diversos prémios.
Tem obras suas em diversas cidades e coleções do país. A sua ligação a Beja fortalece-se em 1994, quando é inaugurado, numa rotunda acesso à cidade, o seu Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido, uma iniciativa do Município da cidade. É a partir do estreitar desta relação que o escultor decide doar parte do seu espólio à cidade de Beja. Jorge Vieira faleceu em Estremoz, em 1998. A colecção permanente pode ser visitada no primeiro piso do Museu. A receção, sala de exposições temporárias e sala de ateliês encontram-se no piso 0.

Contactos:
Museu Jorge Vieira/Casa das Artes
Rua do Touro, 33
7800-489 Beja
Telefone: 284 311 920

Horário:
De 3ª feira a Domingo das 09h30 às 12h30 e das 14h às 18h
Encerra à 2ª feira e dias feriado




De destacar a relação artística de Jorge Vieira com o "Primitivismo Arqueológico"
O Arqueologismo na Escultura de Jorge Vieira
Sara Navarro 
(Arte Teoria 2011/2012)

Núcleo Museológico da Rua do Sembrano | Beja


O Núcleo Museológico da Rua do Sembrano integra um conjunto de estruturas arqueológicas que permitem, apesar de se tratar de uma área restrita no conjunto do complexo urbano de Beja, entrever alguns momentos da história desta cidade e o modo como o espaço aqui foi evoluindo. 
As escavações arqueológicas, efetuadas durante as décadas de 80 e 90 do século XX, colocaram a descoberto vestígios que se estendem, cronologicamente, desde a Pré-História até à Época Contemporânea. 
Os mais antigos, alguns fragmentos cerâmicos, apontam para uma ocupação deste local que remonta ao Calcolítico, no 3.º milénio a.C.

Atividades: 
Exposições Temporárias. 
Visitas guiadas gratuitas, em português, inglês ou castelhano, marcadas com antecedência através do telefone 284 311 920.
Acessível a visitantes com mobilidade reduzida.
Contactos:
Rua do Sembrano/Largo de S. João, 7800 - Beja.
964934162
Horário:
3.ª feira a domingo, das 9h às 13h e das 14h às 18h.
Encerra às 2.ª feiras (1/1, 1/5, 25/12).
GPS
38º00’47’’88N, 7º51’49’’14W


Dossier fotográfico na Nova Carta Arqueológica do Alandroal - O Tempo dos Deuses




O Tempo dos Deuses - Nova Carta Arqueológica do Alandroal (2013)

Autores:
Manuel Calado & Conceição Roque

Fotografia:
José M. Rodrigues (Prémio Pessoa 1999)
Ricardo Soares
Manuel Calado

Recinto Megalítico ("Cromeleque") do Xerez | Monsaraz

Assinalado por José Cruz e pelo Engenheiro Leonel Franco, foi intervencionado em 1969 pelo Dr. José Pires Gonçalves, que estranhamente não o interpretou como um clássico “cromeleque”, no sentido geométrico do termo e que pressupõe uma disposição ovalada ou circular, em "ferradura" aberta a nascente, mas sim  como um singular recinto "quadrangular".
Presumivelmente erguido entre os inícios do 4.º e meados do 3.º milénio a.C., é constituído por 52 menires de granito (o número de semanas num ano?), cuja altura varia entre 1,20 cm e o 1,50 cm, alguns dos quais de configuração "fálica", bem como almendrada, a maioria fracturados e prostrados, embora alguns deles estivessem in situ, facto que contribuiu para que se relacionassem estas posições como fortes indícios para a "original" reconstituição quadrangular do monumento.
O centro do recinto é marcado por um menir com 4 metros de altura, 0,75 metros de diâmetro e 7 toneladas de peso, apresentando, na sua face mais aplanada e em toda a sua verticalidade, um conjunto de "covinhas" insculturadas.
Apesar de ter sido sujeito a uma intervenção que visou a sua reconstituição original (1969), ela não seguiu critérios propriamente científicos. José Pires Gonçalves baseou a sua recomposição no pressuposto de que as "covinhas" presentes num dos menires representariam a sua disposição original.
Posteriormente à reconstituição deste recinto megalítico, foi assinalado nas proximidades, uns 300 metros para Norte, um conjunto de pequenos menires de granito, todos gravados na base.
Trata-se do único monumento megalítico classificado do concelho de Reguengos de Monsaraz e na região de influência do regolfo de Alqueva, transladado, em 2004, para outro local.

Passeios de Primavera pelo Megalitismo de Monsaraz, conduzidos pelo Professor Doutor Manuel Calado - 13 de Abril de 2013.

A "quadratura da ferradura":


Menir do Barrocal | Monsaraz

Monólito de granito com cerca de 5,70 metros de altura, apresentando uma forma achatada, de tipo "estela-menir". Na metade superior da face visível observam-se algumas gravuras: serpentiforme, círculos, semi-círculos e báculo.
Localizado na Herdade do Barrocal, perto de Reguengos de Monsaraz, é o maior menir dos existentes no distrito de Évora e o segundo da Península Ibérica. Foi identificado tombado e fora da sua posição original, por altura do enchimento da albufeira do Alqueva, nos inícios do século XXI. Terminada a sua investigação arqueológica, optou-se pela recolocação nos presumíveis local e posição iniciais. Para o efeito, foi organizado um "Megaconcerto" no dia 23 de Setembro de 2006, data a que correspondeu o equinócio de Outono, respeitando-se, desta forma, a importância que tinham os equinócios e solstícios na orientação dos monumentos megalíticos. Foram mobilizados mais de 300 voluntários que, apesar do empenho, não foram eficazes para "estimular" a erecção do monumental monólito, necessitando-se do recurso a moderna maquinaria pesada para complementar a tarefa.
A escassos 50 metros de distância, foi identificado o presumível afloramento "parideiro", de onde terá sido extraído o grande menir - a "Mãe do Barrocal".

Passeios de Primavera pelo Megalitismo de Monsaraz, conduzidos pelo Professor Doutor Manuel Calado - 13 de Abril de 2013.





 





































Anta do Olival da Pega 2 | Monsaraz


Monumento funerário megalítico (Neolítico Final/Calcolítico) de grandes dimensões (câmara e corredor com cerca de 20m), integrado numa estrutura tumular complexa com cerca de 40m de diâmetro. É constituído por uma câmara fechada, ainda coberta por um chapéu de consideráveis dimensões. O corredor tem cerca de 16m de comprimento e terá sido construído em duas fases: inicialmente com dimensões menores e posteriormente aumentado. Foram aparentemente acrescentados, à estrutura original, dois esteios de xisto (e não de granito, como os restantes) profusamente gravados com "covinhas", que parecem preencher quase integralmente a totalidade visível das faces. No exterior do primeiro esteio esquerdo do corredor, foram recolhidos ossos humanos muito deteriorados e um pequeno conjunto de artefactos, entre os quais um objecto metálico losangular, provavelmente de cobre, sendo admissível que se trate de um enterramento contemporâneo ao alongamento do corredor. De entre os artefactos registados destacam-se as placas de xisto (43). À entrada do corredor foi identificado um pequeno átrio, calçado por seixos. Foi também registado, anexo à estrutura tumular desta anta, um segundo monumento - um tholos da variante "alentejana". Situa-se do lado esquerdo do corredor e implicou alterações ao traçado deste, de forma a que a parte terminal fosse comum aos dois monumentos. O acesso à câmara, a partir da área mesial do corredor, de onde os construtores do tholos removeram uma tampa, foi intencionalmente obstruído por lajes de xisto e pedras de dimensão variável.

Passeios de Primavera pelo Megalitismo de Monsaraz, conduzidos pelo Professor Doutor Manuel Calado - 13 de Abril de 2013.

FonteEndovélico