- Povoado Fortificado de Chibanes -

Localizado numa estreita rechã francamente exposta a Norte do relevo monoclinal da Serra do Louro, o Castro de Chibanes ocupa uma área de aproximadamente 1 Ha. A Serra do Louro integra um complexo de elevações denominado de "pré-Arrábida" das quais se destacam a Serra de São Luís (Setúbal) e a Serra dos Gaiteiros (Palmela). A sua situação domina facilmente toda a planície aluvial do Tejo (a Norte), bem como o vale aluvial do Sado (a Sul), que se espraia na Baixa de Palmela e Vale dos Barris. De destacar a envolvência de terrenos de grande fertilidade agrícola e de excelente qualidade para o pastoreio. Os trabalhos arqueológicos desenvolvidos revelaram uma das sequências estratigráficas mais completas para o Calcolítico e Idade do Ferro da região da Arrábida.

Domínio da paisagem - planície aluvial do Tejo (a Norte): Estruturas de habitação da Idade do Ferro:Fortificação complexa com dois troços de muralha, baluartes e bastiões correspondentes a três grandes fases construtivas com diferentes estratégias de organização espacial intra-muros.
Pavimento habitacional conservado:
Estruturas de combustão: Corte de retroescavadora em intervenções "arqueológicas" levadas a cabo, no início do século passado, por António Inácio Marques da Costa (militar, professor, político, geólogo amador e pioneiro da arqueologia em Portugal). Há que ter em conta a distância metodológica da investigação.
Dr. Carlos Tavares da Silva explicando os trabalhos realizados num local onde é bem evidente a sobreposição construtiva de dois planos de muralha.
Registo material: cerâmica calcolítica, cerâmica campaniforme incisa, cerâmica do Ferro e Republicana, artefactos de sílex, entre outros...
Estrato de lixeira, no exterior da muralha, onde são evidentes abundantes restos malacológicos sobretudo de ameijoa, vieira e ostra. Também se verificam significativas quantidades de restos ósseos de ovídeos, caprídeos e bovídeos.
Outros pormenores...


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- Povoado Fortificado do Zambujal -

O Castro do Zambujal é um povoado fortificado do Calcolítico (3.º milénio a.C.), edificado num esporão na margem direita da Ribeira de Pedrulhos, afluente do rio Sizandro, Freguesia de São Pedro e Santiago, Concelho de Torres Vedras.

Desenvolve-se em várias fases, tendo sido abandonado por volta de 1700 a. C. Apresenta uma estrutura defensiva de planta circular, com cerca de 40 m de diâmetro e com três linhas de muralhas. A primeira linha de muralha apresenta bastiões semi-circulares. A cerca de 8/10 m surge a segunda linha de muralha com 2 m de espessura e reforçada por bastiões. A 30 m da segunda linha surge uma terceira linha, igualmente reforçada por dois bastiões semi-circulares. Foram detectadas estruturas habitacionais de planta ovalada e estruturas de combustão. Monumento nacional investigado arqueológicamente desde 1944.

Maquete patente no Museu Municipal Leonel Trindade - Torres Vedras

Bastiões Seteiras... ou não... (cuidado com os tiros no pé!)
Zambujal - Vida, Guerra e Comércio no 3.º Milénio a.C. - Museu Municipal Leonel Trindade (Torres Vedras)


No plano material de registar a ocorrência de cadinhos de cobre, indústria óssea e lítica de pedra lascada, cerâmica calcolítica (copos canelados, folha de acácia e campaniforme), indústria de pedra polida (mós, machados e enxós).

Folha de acácia Horizonte campaniforme
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