PALATO - Cozinhando na Paisagem de MILREU


A acção performativa Cozinhando na Paisagem, de Jorge Rocha, continua as suas apresentações pelo Algarve, integrando o projecto Palato que cruza Arte, Gastronomia e Património. Depois de uma primeira acção nos Monumentos Megalíticos de Alcalar no passado mês de Abril, o projecto foi agora apresentado na Villa Romana de Milreu. O formato Talk Show, em contacto directo com o público, integrou uma pesquisa sobre os hábitos do gosto romano, cruzando saberes e sabores que hoje fazem parte da alimentação territorial da região algarvia. Com o apoio dos arqueólogos João Pedro Bernardes e Rui Parreira, Jorge Rocha desenhou um menu que nos guiou sobre particularidades que se afiguram relevantes para percebermos em que medida os romanos nos deixaram um legado cultural gastronómico. Dos diversos ingredientes utilizados fazia parte o molho vietnamita Nuoc Mam, tempero muito utilizado na Ásia e que se julga ser aproximado do famoso garum, um condimento muito utilizado na roma antiga. A sessão que teve o apoio da Direcção Regional de Cultura do Algarve e da Junta de Freguesia de Estoi, integrou uma transmissão em directo e a gravação poderá ser visionada no Canal Palato.



Creio - Arte Sacra | Algarve

Museu de Portimão
25 Maio | 15 Setembro 2013

A exposição Creio reúne algumas das melhores peças de arte sacra da Diocese do Algarve, abarcando um período de 500 anos. Nelas encontra-se plasmada a (i)materialidade da fé e da cultura das gentes algarvias. 

Recinto Megalítico ("Cromeleque") do Xerez | Monsaraz

Assinalado por José Cruz e pelo Engenheiro Leonel Franco, foi intervencionado em 1969 pelo Dr. José Pires Gonçalves, que estranhamente não o interpretou como um clássico “cromeleque”, no sentido geométrico do termo e que pressupõe uma disposição ovalada ou circular, em "ferradura" aberta a nascente, mas sim  como um singular recinto "quadrangular".
Presumivelmente erguido entre os inícios do 4.º e meados do 3.º milénio a.C., é constituído por 52 menires de granito (o número de semanas num ano?), cuja altura varia entre 1,20 cm e o 1,50 cm, alguns dos quais de configuração "fálica", bem como almendrada, a maioria fracturados e prostrados, embora alguns deles estivessem in situ, facto que contribuiu para que se relacionassem estas posições como fortes indícios para a "original" reconstituição quadrangular do monumento.
O centro do recinto é marcado por um menir com 4 metros de altura, 0,75 metros de diâmetro e 7 toneladas de peso, apresentando, na sua face mais aplanada e em toda a sua verticalidade, um conjunto de "covinhas" insculturadas.
Apesar de ter sido sujeito a uma intervenção que visou a sua reconstituição original (1969), ela não seguiu critérios propriamente científicos. José Pires Gonçalves baseou a sua recomposição no pressuposto de que as "covinhas" presentes num dos menires representariam a sua disposição original.
Posteriormente à reconstituição deste recinto megalítico, foi assinalado nas proximidades, uns 300 metros para Norte, um conjunto de pequenos menires de granito, todos gravados na base.
Trata-se do único monumento megalítico classificado do concelho de Reguengos de Monsaraz e na região de influência do regolfo de Alqueva, transladado, em 2004, para outro local.

Passeios de Primavera pelo Megalitismo de Monsaraz, conduzidos pelo Professor Doutor Manuel Calado - 13 de Abril de 2013.

A "quadratura da ferradura":


Menir do Barrocal | Monsaraz

Monólito de granito com cerca de 5,70 metros de altura, apresentando uma forma achatada, de tipo "estela-menir". Na metade superior da face visível observam-se algumas gravuras: serpentiforme, círculos, semi-círculos e báculo.
Localizado na Herdade do Barrocal, perto de Reguengos de Monsaraz, é o maior menir dos existentes no distrito de Évora e o segundo da Península Ibérica. Foi identificado tombado e fora da sua posição original, por altura do enchimento da albufeira do Alqueva, nos inícios do século XXI. Terminada a sua investigação arqueológica, optou-se pela recolocação nos presumíveis local e posição iniciais. Para o efeito, foi organizado um "Megaconcerto" no dia 23 de Setembro de 2006, data a que correspondeu o equinócio de Outono, respeitando-se, desta forma, a importância que tinham os equinócios e solstícios na orientação dos monumentos megalíticos. Foram mobilizados mais de 300 voluntários que, apesar do empenho, não foram eficazes para "estimular" a erecção do monumental monólito, necessitando-se do recurso a moderna maquinaria pesada para complementar a tarefa.
A escassos 50 metros de distância, foi identificado o presumível afloramento "parideiro", de onde terá sido extraído o grande menir - a "Mãe do Barrocal".

Passeios de Primavera pelo Megalitismo de Monsaraz, conduzidos pelo Professor Doutor Manuel Calado - 13 de Abril de 2013.