Recursos, vias e trânsito na Arrábida do Bronze Final - a "rota do sal" e a "síndrome do marinheiro"


SOARES, R. (2013) – Recursos, vias e trânsito na Arrábida do Bronze Final - A “rota do sal” e a “síndrome do marinheiro”. In Al-Madan Online (ISSN 2182-7265), n.º 18, tomo 1, p. 45-50.
Resumo
Proposta de interpretação dos recursos e itinerários disponíveis para a circulação de pessoas e de bens no território da Serra da Arrábida (Setúbal), na última fase da Idade do Bronze. Com os dados disponíveis para a zona e para as bacias hidrográficas do Sado e do Tejo, entendeu-se ainda pertinente integrar a questão da salicultura pré-romana na agenda da investigação.
Palavras chave: Idade do Bronze; Serra da Arrábida; Povoamento; Vias; Sal.

Abstract
An interpretation of the available resources and itineraries for the circulation of people
and goods in the Serra da Arrábida (Setúbal) at the end of the Bronze Age. The author presents the data available for the Sado / Tagus River basin area. He also includes in his research and discussion the pre-Roman salt processing theme.
Key words: Bronze age; Serra da Arrábida; Settlement; Roads; Salt.

Résumé
Proposition d’interprétation des recours et itinéraires disponibles pour la circulation des personnes et des biens sur le territoire de la Serra da Arábida (Setúbal), durant la dernière phase de l’Age du Bronze. En plus des données disponibles sur la zone et sur les bassins hydrographiques du Sado et du Tage, on a également jugé judicieux d’intégrer la question de la saliculture préromaine dans l’agenda de la recherche.
Mots clés: Âge du Bronze; Serra da Arrábida; Peuplement; Voies; Sel. 




“[…] Vita humanior sine sale non quit degere:
adeoque necessarium elementum est,
ut transierit intellectus ad voluptates animi quoque.
Nam ista sales appelantur […]” 1
Plínio “o Velho”, Naturalis Historia, Liv. XXXI

1 “[…] Uma vida mais civilizada, não é possível
levá-la sem o sal; é um produto de tal modo necessário
que constituiu uma metáfora até para os prazeres
do espírito. A isso se chama de facto sal […]”.
O texto de Plínio continua da seguinte forma:
“mas também todo o encanto da vida, a alegria plena
e o repouso das canseiras não encontram uma palavra
que os exprima melhor” – amável tradução do
Professor Doutor Amílcar Guerra, enriquecendo-a
com o seguinte comentário: “Enfim, Plínio fala do
valor metafórico da palavra, do «sal da vida»”.